A prática da espiritualidade é considerada um fator de proteção ao consumo de drogas. Segundo a psicóloga Alana Sieves Wendhausen, essa proteção não se atribui apenas aos membros de grupos religiosos, mas para a sociedade como um todo, isso devido as normas e direções estabelecidas nestes grupos, gerando uma forma de controle social.
Existem menos taxas de consumos de drogas entre adolescentes que se autodeclaram seguidores ou praticante de alguma espiritualidade. Já está comprovado e é consenso no meio científico que esse dado positivo é resultado da participação e práticas em atividades religiosas (ou espirituais), que por sua vez desenvolve e reforça habilidades de autorregulação e resiliência que são indispensáveis para a diminuição da exposição a uma série de comportamentos de risco, dos quais os jovens estão sujeitos.
Além disso a espiritualidade também atua em vários outros aspectos da vida do indivíduo. Auxilia indiretamente regulando ou evitando o primeiro uso de drogas pelo jovem. Como por exemplo, através da orientação junto a estrutura familiar, uma vez que incentiva os pais a supervisionarem seus filhos e a estabelecerem regras antidrogas em casa. Também oferece uma fonte de força pessoal, uma orientação de vida otimista e maior resiliência ao estresse e menos ansiedade, aspectos que aparecem como fatores de risco em outras áreas da vida.
Jean Sasse
Área de Prevenção da Cruz Azul no Brasil