Tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados o PL 442/91 que visa legalizar os jogos de azar. Prometem benefícios não comprovados por estudos. Para cada um dólar de benefício há três dólares de custos sociais. As maiores vítimas serão idosos, especialmente mulheres.
Os dados:
– 50 a 80% dos jogadores compulsivos (ludopatas) tem pensamentos suicidas (5% na população em geral) e 13 a 20% tentam ou conseguem se suicidar (0,6% na população em geral);
– Ludopatas representam 40,2% das receitas na França, 76,1% nos caça-níqueis e 31,6% no Québec (76,3% nos caça-níqueis);
– 49% dos ludopatas tem problemas com o álcool e outras drogas;
– 97,6% dos empregos do jogo estão entre os 13% das posições dos salários mais baixos nos EUA e são 40% menores;
– Estima-se perda líquida de 212 mil empregos, visto não haver geração de renda nova, mas apenas transferência de recursos de outras atividades econômicas;
– No turismo:
– Em Las Vegas apenas 4% da receita dos cassinos é com turistas que jogam em média 54 minutos contra 3,6 horas de jogadores locais;
– O Brasil, sem jogos de azar, teve crescimento no turismo de 219% de 1995 a 2019 contra apenas 122% no mundo. Os países que legalizaram os jogos tiveram menos crescimento do turismo.
– A arrecadação líquida de tributos não crescerá os R$ 22,2 bilhões, mas no máximo R$ 2,2 bilhões, visto que R$ 20,83 bilhões já são arrecadados em áreas que serão prejudicados. A depender da alíquota de tributação e a atividade gerada, poderá ter um déficit de R$ 2,2 bilhões.
– A exemplo de Las Vegas os crimes de oportunidade e ligados à ludopatia crescem: 3.303 crimes contra uma média nacional dos Estados Unidos de 2.489
O LUCRO DO JOGO DE POUCOS É GERADO ÀS CUSTAS DA MISÉRIA E DESGRAÇA DE MUITOS!
Não ao PL 442/91.
Autor: Rolf Hartmann, presidente da Cruz Azul no Brasil.
Colaboração: Dr Roberto Lasserre e Dr Ricardo Gazel