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Uso da “Cannabis”  durante a gestação é preocupante, no Brasil e no Mundo

Pesquisa recente realizada nos Estados Unidos, e apresentada no Congresso clínico e científico anual do “American College of Obstetricians and Gynecologist”, realizado nos dias 17 à 19 de maio de 2024, em São Francisco, Califórnia, revelou que Mulheres que utilizaram Cannabis durante a gestação foram significativamente menos propensas a considerarem a substância um risco, mesmo quando viviam em um estado dos EUA onde não era legalizada. Contudo, segundo a imprensa <(https://portugues.medscape.com/verartigo/6511143?ecd=WNL_ptmdpls_240531_mscpedit_gen_etid6561294&uac=445579EN&impID=6561294>) a maioria dessas mulheres não tinha recebido qualquer orientação sobre a suspensão do uso da substância, e mais da metade delas gostaria de obter mais informações sobre os seus efeitos nas complicações gestacionais.

A Dra. Abigail M. Ramseyer, médica afiliada à University of Michigan Health – Sparrow, nos EUA, destacou que o aconselhamento nas consultas pré-natais foi inferior ao que realmente deveria ter sido. Ela alertou que os médicos precisam perguntar às suas pacientes sobre o consumo de Cannabis e conversar sobre os riscos desse uso durante a gestação.

Estima-se que de 3% a 30% das gestantes usem Cannabis, mas a prevalência tem aumentado à medida que mais estados dos EUA legalizam seu uso. No entanto, a pesquisa demonstrou uma associação entre o consumo da substância durante a gestação e múltiplas complicações neonatais, como restrição do crescimento fetal e baixo peso ao nascer.

NO BRASIL

A cannabis é a substância psicoativa ilícita mais consumida pelas gestantes no Brasil, como também acontece em outras partes do mundo. Embora muitos estudos tenham sido publicados com foco na saúde do feto e do bebê durante o aleitamento materno, poucos se concentraram na saúde da gestante e da puérpera usuária de cannabis. No entanto, aqui estão algumas informações relevantes quanto aos seus efeitos na Gravidez:

  1. Um estudo realizado no Brasil, (publicado na revista “Debates em psiquiatria”, da Associação Brasileira de Psiquiatria – ABP: <https://revistardp.org.br/revista/article/view/138>), mostrou que aproximadamente 6,2% dos bebês foram expostos à cannabis durante a gestação. Essa exposição aumentou a probabilidade de: baixo peso ao nascer; inadequação do crescimento à idade gestacional; parto prematuro; internação em UTIs neonatal.
  2. Outro estudo, publicado no “Journal of the American Medical Association – JAMA, (divulgado pela revista “Carta Capital” < https://www.cartacapital.com.br/saude/a-maconha-na-gravidez-o-que-se-sabe-e-nao-se-sabe-ate-agora/>), revelou que o uso de cannabis durante a gravidez está associado a um aumento de 38% na chance de o bebê necessitar de UTI neonatal e a um nascimento com baixo peso. Além disso, houve uma diminuição no perímetro cefálico e um aumento nas chances de parto prematuro.

Por fim, é importante ressaltar que a “cannabis” pode ter efeitos significativos na saúde da gestante e do feto, e os médicos devem estar atentos a essas questões durante o acompanhamento pré-natal. Mais pesquisas são necessárias para entender completamente os riscos e benefícios do uso de cannabis durante a gestação no contexto brasileiro.

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